O periquito-de-encontro-amarelo é uma ave muito simpática e facilmente reconhecida por uma mancha amarela nas asas. Também é chamado de periquito-de-asa-amarela ou periquito-estrela. Apesar de se parecer bastante com o periquito-rico, ele se diferencia justamente por essa marca amarela no ombro. É comum vê-lo em cidades, principalmente em São Paulo, onde convive com outras espécies parecidas. Essa espécie é bastante observada em áreas urbanas e é muito adaptável, sendo uma presença frequente em parques e jardins. 

Significado do nome científico:
Do (grego) brotogërus = com voz humana; e do (guarani) chiriri = nome indígena para esta ave. ⇒ Periquito chiriri com voz humana. 

Curiosidade:
O periquito-do-encontro-amarelo é um verdadeiro especialista em mudar de casa! Ele é uma ave que, ao contrário de muitas outras, não depende de ninhos fixos em árvores grandes ou cavidades profundas. Em vez disso, ele tem a habilidade de explorar diferentes tipos de locais para construir seus ninhos, o que o torna um periquito móvel e flexível. Isso é bem curioso, pois ele pode se instalar em uma fenda de um tronco, ou até mesmo em buracos em muros e outros espaços urbanos, desde que ofereçam alguma proteção. 

A habilidade de adaptar-se rapidamente a novas casas pode ser vista como uma estratégia de sobrevivência. Em ambientes alterados pelo homem, como as cidades e áreas de cerrado fragmentadas, essa ave tem se mostrado bastante criativa, aproveitando ao máximo os espaços que a natureza ou a urbanização deixaram disponíveis. 

Características:
Essa ave mede entre 22 e 23,5cm, com uma cauda de cerca de 10cm. Suas asas, com aproximadamente 12,5cm, possuem a característica mancha amarela que dá nome à espécie. A plumagem é verde com tons amarelados, especialmente na face. O bico é resistente, de cor branco-amarronzada, ideal para quebrar sementes e frutos. Ao redor dos olhos, há uma pele branca, mas machos e fêmeas são muito parecidos, sendo difícil diferenciá-los. 

Alimentação:
O periquito-de-encontro-amarelo tem uma dieta variada: come frutas, sementes, flores, néctar e até cupins alados. É comum vê-lo se alimentando de frutas como as da palmeira jerivá ou da Scheffleraactinophylla. Em algumas épocas do ano, pode até visitar comedouros com milho e outras sementes. Essa flexibilidade ajuda a explicar seu sucesso em ambientes urbanos. 

Reprodução:
O ninho costuma ser feito em cavidades de árvores, telhas de casas, cupinzeiros ou até mesmo em ninhos abandonados de joão-de-barro. A fêmea geralmente põe cerca de 5 ovos brancos, que medem cerca de 2,3cm. A incubação dura cerca de 26 dias. Os filhotes continuam sendo alimentados pelos pais mesmo depois de deixarem o ninho, o que acontece aproximadamente 8 semanas após o nascimento. 

Hábitos:
Essa ave vive em campos abertos, matas ciliares, cerrados e áreas urbanas. Está sempre em movimento e costuma andar em bandos, que podem ser bem numerosos. É uma espécie muito adaptável e já se tornou bastante comum em várias cidades. Seus predadores naturais incluem aves de rapina como o carcará, o murucututu-de-barriga-amarela e o falcão-de-coleira.