Significado do meu nome científico:
Meu nome científico, Senna macranthera, tem raízes no latim. "Senna" é um nome antigo atribuído a plantas medicinais, enquanto "macranthera" deriva de "macros" (grande) e "anthera" (antera), referindo-se às minhas grandes anteras, uma característica marcante das minhas flores. 
 
Minhas características:
Sou uma árvore de pequeno a médio porte, atingindo entre 6 a 12 metros de altura, com tronco de 20 a 30 cm de diâmetro. Minha casca é acinzentada e levemente estriada. Minhas folhas são compostas por dois pares de folíolos elípticos, com nectários extraflorais na base dos folíolos. Produzo flores amarelas, grandes e vistosas, dispostas em inflorescências terminais. Meus frutos são vagens cilíndricas, de 15 a 35 cm de comprimento, que ao amadurecerem exalam um odor característico, o que me rendeu o nome popular "Fedegoso".
 
Sou endêmica:
Sou nativa do Brasil e de outros países da América do Sul, como Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. No Brasil, sou encontrada em todas as regiões, especialmente no Cerrado e na Caatinga.
 
Tenho proteção especial:
Sou frequentemente utilizada em projetos de reflorestamento e arborização urbana, especialmente em ruas estreitas e sob redes elétricas, devido ao meu porte moderado e bela floração.
- INGÁ DE METRO (Ingaedulis) 

Significado do meu nome científico:
Meu nome vem do tupi “ingá”, que significa “embebido” ou “ensopado”, referindo-se à polpa aquosa e doce dos meus frutos. Já “edulis” vem do latim e significa “comestível”, destacando o fato de que meus frutos são apreciados por muitas pessoas e animais. 
 
Minhas características:
Sou uma árvore de grande porte, podendo atingir até 30 metros de altura e 60 centímetros de diâmetro no tronco. Minhas folhas são compostas, com 4 a 6 pares de folíolos ovais, verde-escuros e ligeiramente penugentos. Minhas flores são brancas, perfumadas e dispostas em espigas axilares densas. Meus frutos são vagens cilíndricas, indeiscentes, que podem atingir até 2 metros de comprimento, contendo sementes envoltas por uma polpa branca, doce e comestível, o que me rendeu o apelido de “ice-cream bean” em países de língua inglesa.  
 
Sou endêmico:
Não sou endêmico do Brasil, mas sou nativo da América Tropical, ocorrendo naturalmente em vários países da América do Sul, incluindo o Brasil, onde estou presente em diversos biomas.  
 
Onde me encontro:
No Brasil, sou encontrado nas regiões Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima), Nordeste (Bahia, Paraíba, Pernambuco), Centro-Oeste (Mato Grosso), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) e Sul (Paraná, Santa Catarina). Habito principalmente áreas de floresta tropical úmida, margens de rios e áreas de várzea.  
 
Quando floresço:
Minha floração ocorre principalmente entre os meses de fevereiro a maio, dependendo das condições climáticas e da região onde me encontro. Minhas flores são importantes para a alimentação de diversos polinizadores, como abelhas e outros insetos.  
 
Quando dou frutos:
Meus frutos amadurecem alguns meses após a floração, geralmente entre junho e setembro. As vagens pendentes e longas são características marcantes, e a polpa doce que envolve as sementes é consumida por humanos e diversos animais.  
 
Como minhas sementes são espalhadas:
Minhas sementes são dispersas principalmente por animais que consomem a polpa dos frutos, como aves e mamíferos. Além disso, em áreas ribeirinhas, a água pode auxiliar na dispersão das sementes ao longo dos cursos d'água. 
 
Para que posso ser usado pelas pessoas:
Sou valorizado por diversos motivos como: alimentação, no qual minha polpa doce é consumida in natura; sombra, pois sou utilizado como árvore sombreadora em sistemas agroflorestais, especialmente em plantações de cacau e café; recuperação de áreas degradadas, já que a minha capacidade de fixar nitrogênio no solo e meu rápido crescimento me tornam ideal para projetos de reflorestamento; e madeira que, embora não muito durável, é utilizada para lenha e em construções leves. 
 
Tenho interesse médico:
Sim! Em algumas culturas, partes de mim são utilizadas na medicina tradicional para tratar diversas condições, embora mais pesquisas científicas sejam necessárias para confirmar essas propriedades medicinais.  
 
Quem convive comigo na natureza:
Minhas flores atraem polinizadores como abelhas, e meus frutos são consumidos por diversos animais, incluindo macacos, aves e morcegos, que ajudam na dispersão das sementes. Além disso, formo associações simbióticas com bactérias fixadoras de nitrogênio, contribuindo para a fertilidade do solo. 
 
Estou em risco:
Atualmente, não sou considerado uma espécie ameaçada. No entanto, a destruição de habitats naturais e o desmatamento podem impactar minhas populações. A conservação dos ecossistemas onde vivo é essencial para minha sobrevivência e a de muitas outras espécies. 
 
Tenho proteção especial:
Embora não tenha um status específico de proteção, sou frequentemente incluído em projetos de reflorestamento e conservação devido à minha importância ecológica e utilidade em sistemas agroflorestais. Minha presença contribui para a recuperação de áreas degradadas e para a manutenção da biodiversidade.
- INGÁ MIRIM (Ingalaurina) 

Significado do meu nome científico:
Meu nome científico é Inga laurina. O termo "Inga" deriva do tupi "in-gá", que significa "embebido" ou "ensopado", referindo-se à polpa aquosa de meus frutos. "Laurina" alude à semelhança de minhas folhas com as do gênero Laurus, como o louro. 
 
Minhas características:
Sou uma árvore de médio porte, atingindo até 20 metros de altura, com tronco de até 60 cm de diâmetro. Meus ramos são cilíndricos, glabros e lenticelados. Minhas folhas são compostas, geralmente com 2 a 3 pares de folíolos. Produzo flores brancas, perfumadas, agrupadas em inflorescências espiciformes. Meus frutos são vagens cilíndricas, com cerca de 12 cm de comprimento, contendo sementes envoltas por uma polpa branca e adocicada. 
 
Sou endêmico:
Não. Sou nativo de ampla região que vai do México até a Argentina, incluindo grande parte do Brasil. No entanto, não sou exclusivo de nenhuma dessas áreas. 
 
Onde me encontro:
No Brasil, estou presente em diversos biomas, como Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. Ocupo diferentes tipos de vegetação, incluindo florestas pluviais, semidecíduas, decíduas, florestas anãs nebulares e do semiárido, além de florestas costeiras. Sou encontrado em estados como Pará, Amazonas, Acre, Maranhão, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro. 
 
Quando floresço:
Minha floração ocorre entre agosto e dezembro, período em que minhas flores brancas e perfumadas atraem diversos polinizadores. 
 
Quando dou frutos:
Meus frutos amadurecem entre novembro e fevereiro. As vagens se abrem naturalmente, liberando sementes envoltas por uma polpa doce, apreciada por animais e humanos.
 
Como minhas sementes são espalhadas:
Minhas sementes são dispersas principalmente por animais que consomem meus frutos, como aves e mamíferos, contribuindo para a regeneração natural das florestas. 
 
Para que posso ser usado pelas pessoas:
Sou amplamente utilizado na arborização urbana devido à minha copa densa e sombra agradável. Meus frutos são comestíveis e apreciados por comunidades locais. Além disso, sou empregado no sombreamento de cafezais e em projetos de reflorestamento.
 
Tenho interesse médico:
Embora não haja ampla documentação sobre usos medicinais específicos, algumas comunidades utilizam partes de minha planta na medicina tradicional. Entretanto, é importante que qualquer uso medicinal seja baseado em estudos científicos e orientações de profissionais de saúde. 
 
Quem convive comigo na natureza:
Minhas flores atraem diversos polinizadores, como abelhas e borboletas. Meus frutos servem de alimento para aves, primatas e outros mamíferos, que, ao consumi-los, auxiliam na dispersão de minhas sementes. 
 
Estou em risco:
De acordo com a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da Flora Brasileira (2014) do CNCFlora, estou classificado como "Pouco Preocupante", o que indica que, atualmente, não estou sob ameaça significativa de extinção. 
 
Tenho proteção especial:
Sim. Ocupo diversas unidades de conservação no Brasil, como a Reserva Florestal Adolpho Ducke (AM), Reserva Ecológica do IBGE (DF) e Reserva Biológica de Una (BA), entre outras. Essas áreas contribuem para minha conservação e a de muitas outras espécies.
- JACARANDÁ CASCUDO (Machaeriumopacum) 

Significado do meu nome científico:
Meu nome científico é Machaerium opacum. O gênero Machaerium deriva do grego "machaira", que significa "espada", em referência à forma alongada de minhas folhas ou frutos. O epíteto específico "opacum" vem do latim e significa "opaco" ou "escuro", possivelmente aludindo à coloração da minha casca ou madeira 
 
Minhas características:
Sou uma árvore de médio porte, alcançando até 8 metros de altura, com tronco curto e tortuoso de até 30 cm de diâmetro. Minha casca é espessa, suberosa, de coloração parda e apresenta fissuras longitudinais profundas, conferindo-me o nome popular de "jacarandá-cascudo". Meus ramos jovens são tomentosos, e minha copa é arredondada e rala. Minhas folhas são compostas, com folíolos alternos. Produzo flores pequenas agrupadas em inflorescências curtas, e meus frutos são vagens aladas. 
 
Sou endêmico:
Não sou endêmico, mas sou nativo do Brasil, especialmente do bioma Cerrado. Também ocorro em regiões da Bolívia. 
 
Onde me encontro:
Estou presente em áreas de campos cerrados, cerrados e cerradões do Brasil Central, incluindo estados como Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e o Distrito Federal. Prefiro solos bem drenados e ambientes com estação seca pronunciada.
 
Quando floresço:
Minha floração ocorre entre agosto e outubro, período em que minhas flores atraem diversos polinizadores. 
 
Quando dou frutos:
Meus frutos amadurecem entre setembro e novembro. As vagens se abrem naturalmente, liberando sementes que são dispersas pelo vento. 
 
Como minhas sementes são espalhadas:
Minhas sementes são dispersas principalmente pelo vento (anemocoria), graças às vagens aladas que facilitam seu transporte. 
 
Para que posso ser usado pelas pessoas:
Sou utilizado em projetos de arborização urbana e paisagismo devido à minha beleza e rusticidade. Além disso, sou empregado em programas de restauração ecológica no Cerrado, especialmente em áreas degradadas, por ser uma espécie pioneira. 
 
Tenho interesse médico:
Embora não haja ampla documentação sobre usos medicinais específicos, algumas comunidades utilizam partes de minha planta na medicina tradicional. Entretanto, é importante que qualquer uso medicinal seja baseado em estudos científicos e orientações de profissionais de saúde. 
 
Quem convive comigo na natureza:
Minhas flores atraem diversos polinizadores, como abelhas e borboletas. Meus frutos servem de alimento para aves e outros animais, que, ao consumi-los, auxiliam na dispersão de minhas sementes. 
 
Estou em risco:
De acordo com a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da Flora Brasileira (2014) do CNCFlora, estou classificado como "Pouco Preocupante", o que indica que, atualmente, não estou sob ameaça significativa de extinção. 
 
?Tenho proteção especial:
Sim. Ocupo diversas unidades de conservação no Brasil, como a Reserva Florestal Adolpho Ducke (AM), Reserva Ecológica do IBGE (DF) e Reserva Biológica de Una (BA), entre outras. Essas áreas contribuem para minha conservação e a de muitas outras espécies. 
- JACARANDÁ DO CERRADO (Dalbergiamiscolobium)

Significado do meu nome científico:
Meu nome científico é Dalbergia miscolobium. O gênero Dalbergia homenageia os irmãos suecos Nils e Carl Dalberg, naturalistas do século XVIII. O epíteto específico "miscolobium" deriva do grego, possivelmente referindo-se à forma do meu fruto.
 
Minhas características:
Sou uma árvore de médio porte, atingindo até 8 metros de altura, com tronco tortuoso e casca espessa, características típicas do Cerrado. Minhas folhas são compostas, com vários folíolos alternos. Produzo flores pequenas, de coloração roxa a branca, e meus frutos são do tipo sâmara, com sementes centrais.
 
Sou endêmico:
Sou nativo do Brasil, especialmente do bioma Cerrado, mas também ocorro em regiões da Bolívia. 
 
?Onde me encontro:
Estou presente em áreas de Cerrado stricto sensu, cerradões e matas ciliares, principalmente nos estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e no Distrito Federal. 
 
Quando floresço:
Minha floração ocorre entre setembro e novembro, período em que minhas flores atraem diversos polinizadores, como abelhas. 
 
Quando dou frutos:
Meus frutos amadurecem entre outubro e dezembro. As vagens se abrem naturalmente, liberando sementes que são dispersas pelo vento. 
 
Como minhas sementes são espalhadas:
Minhas sementes são dispersas principalmente pelo vento (anemocoria), graças às vagens aladas que facilitam seu transporte. 
 
Para que posso ser usado pelas pessoas:
Sou utilizado em projetos de arborização urbana e paisagismo devido à minha beleza e rusticidade. Além disso, sou empregado em programas de restauração ecológica no Cerrado, especialmente em áreas degradadas, por ser uma espécie pioneira. 
 
Tenho interesse médico:
Embora não haja ampla documentação sobre usos medicinais específicos, algumas comunidades utilizam partes de minha planta na medicina tradicional. Entretanto, é importante que qualquer uso medicinal seja baseado em estudos científicos e orientações de profissionais de saúde. 
 
Quem convive comigo na natureza:
Minhas flores atraem diversos polinizadores, como abelhas. Meus frutos servem de alimento para aves e outros animais, que, ao consumi-los, auxiliam na dispersão de minhas sementes. 
 
Estou em risco:
Atualmente, não estou classificado como ameaçado de extinção. No entanto, devido à exploração excessiva de espécies do gênero Dalbergia, estou listado no Apêndice II da CITES, o que regula meu comércio internacional. 
 
Tenho proteção especial:
Sim. Ocupo diversas unidades de conservação no Brasil, como a Reserva Ecológica do IBGE (DF) e outras áreas protegidas do Cerrado. Essas áreas contribuem para minha conservação e a de muitas outras espécies. 
- JATOBÁ (Hymenaeacourbaril) 

Significado do meu nome científico:
Meu nome científico é Hymenaea courbaril. O gênero Hymenaea deriva de "Hymen", o deus grego do casamento, possivelmente em referência às folhas compostas por dois folíolos, simbolizando união. O epíteto específico "courbaril" é uma adaptação do nome comum utilizado em regiões do Caribe para esta árvore. 
 
Minhas características:
Sou uma árvore de grande porte, alcançando entre 15 e 20 metros de altura, com copa ampla e densa. Meu tronco é cilíndrico, podendo atingir até 1 metro de diâmetro, e minha casca varia de bege a marrom. Minhas folhas são alternas, compostas por dois folíolos coriáceos e falcados, medindo entre 6 e 10 cm de comprimento. Minhas flores possuem cálice campanulado com quatro sépalas unidas na base e corola formada por cinco pétalas obovadas de coloração branca a creme. Meus frutos são legumes achatados e elipsoides, indeiscentes, que ao amadurecerem adquirem coloração marrom-escura, medindo de 5 a 15 cm de comprimento. Cada fruto contém de 2 a 6 sementes envoltas em uma polpa farinácea e aromática.
 
Sou endêmico:
Não sou endêmico do Brasil. Minha distribuição abrange desde o sul do México e Antilhas até o sudeste do Brasil, ocorrendo em diversos países da América Latina.  
 
Onde me encontro:
No Brasil, estou presente em todos os biomas, incluindo Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal. Ocupo áreas de floresta estacional semidecidual, matas ciliares e florestas de terra firme. 
 
Quando floresço:
Minha floração ocorre com maior intensidade entre os meses de outubro e dezembro. Minhas flores são polinizadas principalmente por morcegos do gênero Glossophaga.  
 
Quando dou frutos:
Meus frutos amadurecem entre maio e setembro no Acre e de agosto a novembro no Pará, podendo se estender até dezembro. Ao caírem no chão, fazem parte da dieta alimentar de roedores e macacos, que também atuam como dispersores.  
 
Como minhas sementes são espalhadas:
Minhas sementes são dispersas principalmente por animais, como roedores e macacos, que consomem os frutos e auxiliam na dispersão das sementes.  
 
Para que posso ser usado pelas pessoas:
Sou amplamente utilizado na arborização urbana e paisagismo devido à minha beleza e rusticidade. Minha madeira é valorizada na construção civil e na fabricação de móveis. Além disso, sou empregado em programas de restauração ecológica, especialmente em áreas degradadas.  
 
Tenho interesse médico:
Sim, partes de minha planta são utilizadas na medicina tradicional. A casca é empregada na forma de chá para tratar problemas respiratórios e digestivos. Entretanto, é importante que qualquer uso medicinal seja baseado em estudos científicos e orientações de profissionais de saúde.  
 
Quem convive comigo na natureza:
Minhas flores atraem morcegos polinizadores, enquanto meus frutos servem de alimento para diversos animais, como roedores e macacos, que auxiliam na dispersão de minhas sementes.  
 
Estou em risco:
Atualmente, estou classificado como "Pouco Preocupante" na Lista Vermelha da Flora Brasileira de 2014 do CNCFlora. Apesar disso, a exploração excessiva da minha madeira pode representar uma ameaça, sendo necessário monitoramento constante.  
 
Tenho proteção especial:
Sim. Ocupo diversas unidades de conservação no Brasil, contribuindo para minha preservação e a de muitas outras espécies. Além disso, estou incluído em programas de conservação e manejo sustentável.
- MIMOSA (Mimosa L.) 

Significado do meu nome científico:
Meu nome científico é Mimosa, atribuído por Carl Linnaeus em 1753. O termo "Mimosa" deriva do grego "mimos", que significa "imitador" ou "ator", uma referência às folhas de algumas espécies que se movem em resposta ao toque, parecendo "imitar" comportamentos animais.  
 
Minhas características:
Sou um dos maiores gêneros da subfamília Mimosoideae, com cerca de 530 espécies, incluindo árvores, arbustos, subarbustos, trepadeiras e ervas. Minhas folhas são geralmente bipinadas, e muitas espécies apresentam movimentos sensitivos, retraindo as folhas ao toque. Minhas flores são pequenas, agrupadas em inflorescências globosas ou espigadas, e meus frutos são do tipo craspédio, frequentemente segmentados em artículos monospérmicos.  
 
Sou endêmico:
Não sou endêmico de uma única região. Embora meu centro de diversidade esteja na América do Sul, especialmente no Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina, estou presente em todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo.  
 
Onde me encontro:
No Brasil, estou amplamente distribuído, com cerca de 323 espécies registradas, das quais 38 ocorrem na Caatinga. Habito diversos ambientes, desde florestas tropicais até savanas, campos, caatingas e regiões semiáridas. 
 
Quando floresço:
Meu período de floração varia conforme a espécie e a região. Por exemplo, Mimosa lewisii, endêmica do nordeste brasileiro, floresce e frutifica de janeiro a dezembro.
 
Quando dou frutos:
A frutificação também depende da espécie e do ambiente. Algumas espécies produzem frutos durante todo o ano, enquanto outras têm períodos específicos. Por exemplo, Mimosa tenuiflora frutifica de junho a dezembro na região nordeste do Brasil.  
 
Como minhas sementes são espalhadas:
Minhas sementes são dispersas principalmente pelo vento e por animais. Algumas espécies possuem frutos que se abrem explosivamente, lançando as sementes a certa distância, enquanto outras dependem de animais que consomem os frutos e dispersam as sementes através das fezes. 
 
Para que posso ser usado pelas pessoas:
Sou utilizado em diversas aplicações. Algumas espécies são empregadas na medicina tradicional, na alimentação animal, na recuperação de áreas degradadas e na arborização urbana. Além disso, certas espécies, como Mimosa scabrella, têm importância econômica devido à sua madeira e uso como planta forrageira.  
 
Tenho interesse médico:
Sim, várias espécies do meu gênero possuem compostos bioativos. Estudos indicam a presença de flavonoides, taninos e outros metabólitos com propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e antimicrobianas. Por exemplo, Mimosa tenuiflora é conhecida por suas propriedades cicatrizantes e é utilizada em preparações tópicas para tratar feridas.  
 
Quem convive comigo na natureza:
Convivo com uma variedade de polinizadores, incluindo abelhas e outros insetos. Meus frutos e sementes servem de alimento para diversos animais, como aves e pequenos mamíferos, que também auxiliam na dispersão das sementes. Além disso, algumas espécies estabelecem relações simbióticas com bactérias fixadoras de nitrogênio, contribuindo para a fertilidade do solo. 
 
?Estou em risco:
Embora muitas espécies do meu gênero não estejam ameaçadas, algumas enfrentam riscos devido à perda de habitat, exploração excessiva e mudanças climáticas. Por exemplo, no Rio Grande do Sul, três espécies estão incluídas na lista de espécies ameaçadas do estado. 
 
Tenho proteção especial:
Sim, diversas áreas de conservação no Brasil abrigam espécies do meu gênero, contribuindo para a preservação da biodiversidade. Além disso, programas de recuperação de áreas degradadas frequentemente utilizam espécies de Mimosa devido à sua capacidade de adaptação e regeneração.