Significado do meu nome científico:
Meu nome científico, Dicksonia sellowiana, homenageia o botânico inglês James Dickson (1738–1822), que estudou samambaias, e o naturalista alemão Friedrich Sellow, que explorou a flora brasileira no século XIX. 

Minhas características:
Sou uma samambaia arborescente, pertencente a um grupo de plantas muito antigo, que existe desde a era dos dinossauros! Posso alcançar até 10 metros de altura e possuo um “tronco” fibroso formado por raízes densas, chamado de cáudice. Minhas folhas (frondes) são longas, divididas e arqueadas, formando uma copa semelhante a um guarda-sol verde, muito charmosa nas florestas úmidas. 

Sou endêmica:
Sim, sou endêmica da Mata Atlântica e outras florestas úmidas da América do Sul, especialmente do Brasil. Isso significa que só existo naturalmente nessas regiões e sou uma parte única desse ecossistema. 

Onde me encontro:
Sou encontrada principalmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, especialmente em áreas de altitude e mata nublada. Também posso ser vista em países vizinhos como Argentina e Paraguai. Cresço em locais úmidos e sombreados, geralmente sob a copa de árvores maiores. 

Quando floresço:
Como sou uma samambaia, não produzo flores. Em vez disso, meu ciclo de vida se baseia em estruturas reprodutivas chamadas esporos, que surgem na parte inferior das minhas folhas. Esses esporos se espalham pelo vento e dão origem a novas samambaias. 

Quando dou frutos:
Também não produzo frutos nem sementes. Minha reprodução é exclusivamente por esporos, como as samambaias antigas fazem há milhões de anos! 

Como minhas sementes são espalhadas:
Como não tenho sementes, meus esporos são levados pelo vento. Em condições ideais de umidade e sombra, esses esporos germinam no solo e formam novos indivíduos lentamente. 

‍Para que posso ser usada pelas pessoas:
Por muitos anos, fui usada como suporte natural para o cultivo de orquídeas e bromélias. Meu “tronco” era extraído da floresta e transformado em vasos e placas. Também tenho uso ornamental, mas hoje isso está proibido para minha proteção. Atualmente, pessoas que desejam usar xaxim só podem utilizar versões ecológicas feitas com fibras de coco ou palmeiras recicladas. 

Tenho interesse médico:
Não sou amplamente utilizada na medicina tradicional, mas por ser uma planta nativa e antiga, sou objeto de estudos sobre minha ecologia e história evolutiva. 

Quem convive comigo na natureza:
Sou uma verdadeira “casinha” na floresta! Sirvo de abrigo e umidade para musgos, orquídeas, bromélias e muitos pequenos animais. Meu tronco úmido é o lar ideal para insetos, anfíbios e microrganismos que ajudam a manter a floresta viva e equilibrada. 

Estou em risco:
Sim, infelizmente estou ameaçada de extinção. A retirada excessiva do meu tronco e a destruição do meu habitat colocaram minha sobrevivência em perigo. Por isso, sou protegida por lei no Brasil, e minha extração é proibida. Sou símbolo da importância de preservar as florestas tropicais. 

Tenho proteção especial:
Sim! Estou listada como espécie ameaçada de extinção e protegida por órgãos ambientais como o IBAMA. Meu uso é permitido apenas para fins científicos e de conservação. Hoje, iniciativas de reflorestamento e viveiros especializados tentam me reproduzir de forma controlada e sustentável.